Candomblé, zelo e conhecimento
Palavra, cuidado e raíz
O projeto Uma Mãe de Ogun foi criado por Mariana Brito, como desdobramento de sua atuação nas redes — onde partilha vivências, reflexões e o cotidiano do axé com responsabilidade e afeto.

A Mãe
A marca Uma Mãe nasce do nome com que Mariana passou a assinar, em caixa alta, seus textos no Instagram: relatos do cotidiano, partilhas de fé, registros dos cuidados e das responsabilidades de uma Iyalorixá de Ogun. Ali, o termo ganhava força — UMA MÃE — carregado de devoção, presença e afirmação.
O que começou como espaço de escuta e troca nas redes foi ganhando contorno de território. Mariana dividia com sua comunidade o dia a dia do sacerdócio, os processos de cuidado, as alegrias e dores do axé. Até que, em uma sala de aula, dentro de um dos cursos que frequentava, ouviu de uma colega a pergunta: “Mas… Uma Mãe?”. A entonação carregava mais do que dúvida: insinuava desdém, e revelava o atravessamento sutil — e violento — do racismo religioso, mesmo em espaços ditos acadêmicos.
Foi a partir desse episódio que Mariana compreendeu: "Uma Mãe" não era só uma assinatura, era uma afirmação política, espiritual e ancestral. Uma forma de resistir e de existir, com dignidade, em meio aos olhares que ainda tentam exotizar, deslegitimar ou reduzir o Candomblé.


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