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A Mãe

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Quem é 
Mariana?

Mariana Brito é Iyalorixá de Ogun, artista, educadora, comunicadora e empreendedora. Nascida em Salvador e criada entre terreiros, igrejas e centros, é filha do encanto desde cedo. Cresceu embalada pela força da música, da cena e da palavra. Carrega Ogun no orí — e com ele, aprendeu a abrir caminhos, segurar a espada e narrar as próprias batalhas com coragem e beleza.

Criada em um ambiente profundamente lúdico e afetuoso, teve seu imaginário estimulado pelos tios e pela mãe, Cida Brito, que a criou com amor, liberdade e espiritualidade. A conexão com o sagrado surgiu ainda no ventre — sua mãe lia o evangelho enquanto a gestava — e essa relação atravessa toda a sua vida.

Aos 31 anos, Mariana firma sua caminhada como mãe de santo com a firmeza de quem atravessou muitas encruzilhadas, acolhendo e orientando filhos e filhas de santo desde 2020 — sempre com o consentimento de Ogun, responsabilidade e respeito profundo pelos fundamentos da religião. 

Desde muito cedo, Mariana encontrou na arte um território de expressão e proteção. Iniciou seus estudos em musicalização infantil na UFBA aos cinco anos, movida pelo desejo de ser cantora. Estudou flauta doce, depois violino, e aos 15 anos iniciou a formação em canto com Irma Ferreira — professora que se tornaria referência afetiva e profissional.

A experiência escolar, embora rica, foi marcada por episódios de racismo, bullying e exclusão. A dor social e a resistência racial moldaram seu senso crítico e sua consciência política. A arte foi seu espaço de cura e florescimento.

Fez graduação em Licenciatura Plena em Música em uma faculdade particular de Salvador, ao mesmo tempo em que cursava formação técnica em Artes Cênicas pela antiga Se Torne. Com 70% do curso superior concluído, embarcou em sua primeira pós-graduação: uma especialização em Ludicidade e Desenvolvimento Criativo de Pessoas, onde aprofundou seu vínculo com a escuta e a sensibilidade.

Em paralelo, sua mediunidade também se desenvolvia. Mariana cresceu entre centros espíritas, igrejas evangélicas e terreiros. Aos 18 anos, iniciou sua jornada no Candomblé como abiãn, sendo iniciada três anos depois. No mesmo período, passou a cursar disciplinas como aluna especial em programas de mestrado nas áreas de teatro, antropologia e estudos étnico-raciais.

Professora, atriz e comunicadora

Mariana atuou como professora de música e teatro para crianças, adolescentes e jovens nas redes pública e privada. Com criatividade e resiliência, sustentou sua formação dando aulas, produzindo conteúdos e expandindo suas habilidades técnicas. Criou o canal Falaí Ninha no YouTube, onde aprendeu a editar vídeos sozinha e, por meio dele, teve seus conteúdos exibidos por um ano e sete meses nas televisões dos ônibus de Salvador, com temáticas sociais, culturais e identitárias.

Teve ainda um programa na TV comunitária Kirimurê e protagonizou espetáculos como Afrocontos — com contos africanos e afro-brasileiros para o público infantil — e Hamlet, no qual viveu Lady Macbeth, personagem com a qual sonhava desde os tempos de escola.

São Paulo e a expansão dos caminhos

Aos 25 anos, após vivenciar abusos em sua primeira casa de santo, Mariana mudou-se para São Paulo com o apoio da mãe. Lá, continuou seus estudos, com foco em cinema e televisão, passando pela Academia Internacional de Cinema e pela escola Wolf Maia. Ingressou também na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), onde concluiu, em 2020, a especialização em Fotografia, Arte e Mediações — um aprofundamento em linguagem visual, memória e documentação simbólica.

Em 2021, iniciou a graduação em Comunicação Social - Jornalismo, reconhecendo a potência da palavra como instrumento de transformação. Com o acúmulo das demandas da loja, do axé e das obrigações enquanto Yalorixá, optou por pausar o curso, compreendendo que a comunicação já estava em seu corpo, em sua fala, em seus ritos. Afinal, Mariana leva o Candomblé para o mundo por meio da palavra.

Zelando com leveza

Ao retornar a Salvador no fim de 2022, Mariana deu continuidade às suas práticas como Mãe de Santo, oferecendo jogos de búzios presenciais e à distância, prática fundamental de sua escuta e condução espiritual. Na mesma época, lançou a loja Pedra de Ouro, idealizada como ferramenta de arrecadação para levantar seu terreiro de Ogun. Mais do que uma loja, trata-se de um gesto de fé e autonomia — uma forma de fazer o sagrado circular.

Desde então, passou a criar e vender e-books autorais com conteúdos educativos e espirituais, além de oferecer acompanhamentos espirituais individuais — atendimentos profundos guiados pelos fundamentos do axé, que acolhem processos de realinhamento e fortalecimento, mesmo sem a chancela terapêutica formal. Todos esses movimentos — a loja, os búzios, os conteúdos e os atendimentos — são dedicados à sustentação do terreiro e ao propósito que Mariana carrega com firmeza: tirar o Candomblé do lugar da urgência e da marginalização, e reposicioná-lo como fonte viva de sabedoria, dignidade e presença.

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Novas tramas e movimentos

Hoje, Mariana segue sua caminhada como Mãe de Santo, artista, educadora e comunicadora. Carrega consigo a força das encruzilhadas que viveu, o conhecimento ancestral dos Itãs e a coragem de quem nunca parou — mesmo quando os caminhos pareciam fechados. Sua trajetória é feita de reinvenções, de entrega e de fé.

E continua em expansão.

Como Mariana cuida

Com escuta, ética e responsabilidade, a Iyalorixá orienta, acolhe e acompanha. 

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Jogo de Búzios

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Acompanhamento Espiritual Individual

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Palestras e consultorias

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